Em 
					tempos em que os termos “esquerda” e “direita” são usados 
					sem qualquer critério por ignorantes e farsantes – como o 
					“padre impostor’ (Kelmon), cabo eleitoral e coadjuvante do 
					“genocida” – é importante esclarecer o significado desses 
					dois termos.
					     
					Eles surgiram durante a revolução francesa, em 1789, quando 
					os representantes da nobreza e do Antigo Regime no 
					parlamento – os defensores da monarquia, do absolutismo e da 
					continuidade dos seus privilégios – sentavam-se à direita da 
					presidência da Assembleia.
					    
					 Já os revolucionários – que defendiam a República, a 
					reforma agrária, o fim dos privilégios da aristocracia e da 
					Igreja e representavam a burguesia, os camponeses e os 
					“sans-culottes” (trabalhadores pobres) – sentavam-se à 
					esquerda.
					     
					Como explicava o 
					Barão de Gauville: "Nós começamos a reconhecer uns aos 
					outros: aqueles que eram leais à religião e ao rei 
					(imperador) ficaram sentados à direita, de modo a evitar os 
					gritos, os juramentos e indecências que tinham rédea livre 
					no lado oposto."
					     
					Assim,
					
					
					a “direita” nasceu defendendo o antigo regime 
					feudal, a monarquia e os privilégios de nascimento. Desde o 
					início ela foi “conservadora” (daí a variante 
					“conservadores”), no sentido de manter as estruturas sociais 
					caducas, até então vigentes.
					
					     Já a “esquerda”, nasceu defendendo o fim 
					da servidão feudal, a república, a democracia, o fim dos 
					privilégios de nascimento e a igualdade entre os cidadãos. 
					Nasceu “revolucionária”, no sentido de lutar pela 
					transformação das estruturas sociais vigentes e pela 
					construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária, 
					onde todos tivessem iguais oportunidades de desenvolver-se.
					     
					Segundo o renomado pensador Norberto Bobbio, 
					o critério 
					fundamental para distinguir a esquerda da direita é a 
					diferença de atitude dos homens face ao ideal de igualdade.
					     
					Com a consolidação do capitalismo – que traiu os ideais de 
					“Liberdade, Igualdade e Fraternidade” da Revolução Francesa 
					– os termos “direita” e “esquerda” ganharam um significado 
					mais amplo, passando a distinguir aqueles que defendem a 
					exploração e a opressão “trabalhadores” pelos “donos do 
					capital”, daqueles que lutam por uma nova sociedade, sem 
					exploradores e opressores.
					     
					Hoje, a direita inclui os “conservadores”, “reacionários”, 
					“neoliberais”, “monarquistas”, “teocratas”, “neofascistas” e 
					“neonazistas”. Já a esquerda é composta por “progressistas”, 
					“ambientalistas”, “sociais-democratas”, “socialistas” e 
					“comunistas”.
					     
					A “direita” olha para o passado com nostalgia, quer fazer a 
					roda da história girar para trás, defende os privilégios e o 
					“status quo”, justifica as profundas desigualdades sociais 
					por uma pretensa “superioridade” racial ou de nascimento e 
					defende a submissão do mais fraco ao mais forte como uma lei 
					da natureza.
					     
					A “esquerda” olha para o futuro com esperança, empurra a 
					roda da história para adiante, luta para acabar com 
					quaisquer privilégios, trabalha por transformações sociais 
					profundas que superem as atuais injustiças e exclusões E 
					defende uma sociedade mais fraterna e solidaria!
					     
					Você é de “direita” ou de “esquerda”?