5 - CONCLUSÕES
Essa longa
trajetória da lutas da
classe operária brasileira e
gaúcha - que começa no final
do século passado - nos
mostra, na prática, a sua
paulatina transformação de
“classe em si” em “classe
para si”.
Nesse processo,
uma primeira particularidade
que salta a vista é o fato
de que - diferentemente de
inúmeros outros partidos,
como o Argentino, o Uruguaio
e o Chileno, que nasceram de
cisões no interior da
social-democracia reformista
- o Partido Comunista do
Brasil nasce de um movimento
operário fundamentalmente
anarco-sindicalista e
sindicalista-revolucionário,
o que lhe concede uma forte
radicalidade e conteúdo
revolucionário. Mas que, ao
mesmo tempo, lhe contaminou
com um forte apoliticismo e
uma baixa consciência
organizativa.
Mas, o inegável
é que o Partido Comunista do
Brasil surge do
amadurecimento interno da
classe operária brasileira,
decorrente das grandes lutas
proletárias do final da
década de 20 que, apesar da
combatividade e heroísmo
demonstrados pelo
proletariado de nosso país,
fracassaram por falta de uma
direção revolucionária
conseqüente.
Nesse sentido,
parece-nos correta a tese
central deste trabalho no
sentido de considerar que a
fundação do Partido
Comunista do Brasil - com
todas as suas deficiências e
equívocos - significou um
salto de qualidade na luta
da classe operária
brasileira. E sua
persistência até os dias de
hoje expressa a sua
necessidade histórica, que
só será suprimida com o fim
da sociedade de classes.
O Partido Comunista do
Brasil no Rio Grande do
Sul -1922-1929 |
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