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“Em 1808, com a chegada da família Real e com a transformação do Brasil em sede da monarquia lusitana, abriram-se os caminhos para que o serviço postal pudesse se desenvolver melhor”, explicou Carrion. Porém, foi só em 1835, já com o Brasil independente, que o Correio da Corte passou a fazer a entrega de correspondência a domicílio. Até então, só tinham direito a essa concessão as casas comerciais e os particulares que pagassem uma contribuição anual.
Em 1852, o Brasil foi um dos primeiros países do mundo a introduzir o telégrafo, e as pessoas que faziam a entrega de telegramas eram chamadas de mensageiros. “Carteiro era a designação privativa dos serviços dos Correios”, acrescentou Carrion. Hoje, a palavra carteiro é utilizada indistintamente para a entrega de cartas e de telegramas. O deputado ainda lembrou que, inicialmente, a Repartição Geral dos Telégrafos era separada do Departamento de Correios. Somente em 1931, houve a fusão dos dois serviços, criando-se o Departamento de Correios e Telégrafos – DCT, que originou, em 20 de março de 1969, a atual Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT.
Empresa Brasileira
Nos dias atuais, a ECT, para atender um país com dimensões continentais e fazer a entrega de 8,3 bilhões de objetos por ano, possui em seus quadros mais de 56 mil carteiros, cerca de metade do efetivo da empresa. Deste total, cerca de 10% são mulheres. “Juntos, os carteiros do Brasil percorrem, por dia, cerca de 397 mil quilômetros, o equivalente a quase 10 voltas completas ao redor da Terra”, comparou Carrion.
A ECT é, atualmente, a maior empregadora do Brasil, com 117 mil empregados espalhados por todo o território nacional. “Como nenhuma outra instituição, os Correios tem forte presença na vida dos brasileiros e se constituem num importante fator de integração nacional e de inclusão social pela natureza dos serviços que presta, seja nos grandes centros urbanos, seja nos lugares os mais remotos e de difícil acesso. É, assim, essencial ao desenvolvimento nacional”, afirmou Carrion.
Ele ressaltou a importância desta empresa ter mantido seu caráter estatal, demonstrando a capacidade que o Estado brasileiro tem de manter com qualidade serviços essenciais e estratégicos à sua população. “Com a sanção da lei 12.490, de 2011, os Correios ficaram ainda mais fortalecidos como empresa pública e passaram a poder atuar no exterior e nos segmentos postais de serviços eletrônicos, financeiros e de logística integrada.”
Profissional confiável
“Além da missão de entregar as correspondências, não raramente o carteiro é um líder comunitário, estando voltado também para o bem-estar da sua comunidade.” Segundo pesquisas citadas por Carrion, o carteiro é o segundo profissional mais confiável no país, perdendo apenas para os bombeiros e na frente de médicos e professores.
O deputado destacou que os carteiros são também responsáveis pela difusão de importantes campanhas de conscientização da população e promoção da cidadania. Podem ser citadas as campanhas já realizadas de incentivo ao combate à dengue, aleitamento materno, doação de sangue e de medula óssea.
Carrion lembrou ainda que é o autor da lei que modificou o Código de Edificações de Porto Alegre, tornando obrigatória a colocação de caixas de coleta de correspondências em todas as edificações da capital.
Por fim, ele fez um depoimento pessoal, contando que na época da Ditadura Militar, era por meio dos Correios que Carrion mantinha contato com sua família, que estava no exterior.
Presenças
Manifestaram-se, em apartes, os deputados Jeferson Fernandes (PT), Maria Helena Sartori (PMDB), Miki Breier (PSB), Elisabete Felice (PSDB), Cassiá Carpes (PTB) e Frederico Antunes (PP).
Estiveram presentes o diretor regional adjunto da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do RS, Rene Alberto Van Meegen; o procurador-geral do Estado em exercício, Bruno de Castro Winkler; e os representantes da Câmara Federal, deputado federal Assis Melo (PCdoB/RS); da Federação Nacional dos Trabalhadores em Correios, Evandro Leonir; e do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS, Cleber Soares.
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