A data em homenagem aos carteiros resgata a criação, em 1663, do Corrieo-Mor do Brasil, cujo primeiro titular foi Luiz Gomes da Matta Neto. Com a nomeação, começou a funcionar o Correio do Brasil como uma organização paraestatal qualificada para receber e expedir a correspondência do Reino.
Carrion lembra, ao justificar a homenagem, que a palavra correio também significa carteiro, mensageiro, embora o serviço de carteiro, somente tenha tido início no Brasil no período da Regência. Mesmo com a criação do Correio-Mor no Brasil Colônia, a entrega das correspondências permaneceu precária até meados do século 19. As pessoas relutavam muito em pagar pelos serviços, preferindo usar mão de obra gratuita, como os tropeiros, escravos e bandeirantes.
Personagem
Na história postal do Brasil, um carteiro se notabilizou: Paulo Bregaro, que levou ao então príncipe D. Pedro, as notícias de Portugal que culminaram na independência do Brasil. P elo feito, Bregaro é considerado o patrono dos Correios. Em 1835, o Correio da Corte passou a fazer a entrega da corespondência a domicílio. Até então, o direito a essa concessão era apenas das casas comerciais e particulares que pagassem uma contribuição anual.
ECT
Nos dias atuais, para atender o país de dimensões continentais e fazer a entrega de 8,3 bilhões de objetos por ano, os Correios têm mais de 56 mil carteiros, o que representa mais da metade do efetivo da empresa. Do total, 10% são mulheres. Calcula-se que, juntos, os carteiros do Brasil percorrem cerca de 397 mil quilômetros por dia – o que equivale a quase 10 voltas completas ao redor da Terra.
“Além da missão de entregar as correspondências, não raramente o carteiro é um líder comunitário, estando voltado também para o bem estar da sua comunidade. Esta liderança é facilmente reconhecida e creditada ao prestígio pessoal deste dedicado profissional”, afirma Carrion.
Papel social
Um exemplo de ação de caráter social que envolve os carteiros e que tem grande repercussão e resultados é o Papai Noel nos Correios. Em 1997, a ideia tornou-se projeto corporativo e passou a ser desenvolvido em todas as 28 diretorias regionais. Os presentes recolhidos durante a campanha são distribuídos pelos próprios carteiros a crianças de regiões carentes.
Pesquisa realizada em média a cada dois anos pela ECT mostra que a confiança nos Correios supera os 90% no país e que a profissão de carteiro é a segunda mais confiável do País e a quarta no mundo.
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