A sugestão de homenagem foi do deputado Raul Carrion. Segundo Carrion, a aprovação é uma justa homenagem a um dos personagens mais importantes da Legalidade, que com seu trabalho nos bastidores, possibilitou que a Rede Radiofônica da Legalidade fosse ao ar, disseminando o movimento por todo o País.
Homero Carlos Simon nasceu em 1920 no município de Carazinho. Em 1946, formou-se em Engenharia Civil, como mecânico eletricista e, em 1953, foi convidado para instalar a Rádio Guaíba, trabalho concluido em 1957 com a implantação dos transmissores mais modernos de então. Nacionalista militante, Homero adquiriu equipamentos e componentes eletrônicos em sua grande maioria fabricados no Brasil, que iam sendo alterados, ajustados e remontados sob a sua supervisão, obrigando, por vezes, um trabalho redobrado, como ele mesmo lembraria anos depois, em depoimento a Octavio Augusto Vampré: “– Foi uma das lutas, das mais ingratas, mas ao final vencedora, de quatro anos seguidos, pelos problemas técnicos que tivemos de enfrentar para a instalação de transmissores e torres.”
Homero Simon foi o primeiro funcionário da emissora, lá permanecendo até sua morte, em 18 de abril de 1987. Seus esforços – desenvolvidos ao longo de 30 anos – permitiram que a Rádio Guaíba sempre tivesse uma grande qualidade sonora.
Entre 1978 e 1984, Homero presidiu o Sindicato dos Engenheiros do Estado. De 1964 a 1986, foi conselheiro do CREA e também da Sociedade dos Engenheiros do Rio Grande do Sul. De 1969 a 1981, foi o professor da cadeira de Antenas e Programas Radiofônicos da PUC. Além disso, de 1972 a 1986, foi professor da Rádio da Faculdade de Jornalismo da UFRGS, onde exerceu ainda a chefia do Departamento de Engenharia Eletrônica. Homem que marcou o sistema de rádio, não apenas no Rio Grande do Sul, mas em todo o Brasil, num trabalho reconhecido mundialmente.
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