Moradores e ambientalistas visitaram área

No último sábado (18), aconteceu a 5ª Caminhada no Morro Santa Teresa, cuja concentração aconteceu junto à Figueira do Belvedere, com a presença de 25 pessoas, entre elas, o deputado estadual Raul Carrion e o presidente do SENGE-RS, José Azambuja. Marcel Frison, futuro titular da SEHADUR, através do deputado e por mensagem telefônica, justificou sua ausência por ter sido convocado pelo governador.

O grupo seguiu o roteiro proposto: Vila Gaúcha, cimo da pedreira, mata nativa e campos próximos à Vila Ecológica e finalizou pelas vilas Santa Rita e Figueira. Técnicos da FASE deram informações históricas sobre os prédios e sobre a situação atual da instituição e uma ténica da Fundação Zoobotânica falou sobre a flora da mata e dos campos.

Carrion defendeu área da especulação imobiliária

Durante duas horas e meia, tendo como guia o Sr. Darci, líder da comunidade da Vila Gaúcha, o grupo seguiu o roteiro proposto. Apesar do sol cada vez mais intenso, a caminhada foi motivo de exclamações entusiastas quanto à riqueza da paisagem e de como o Morro Santa Teresa, atendidas suas necessidades básicas de descentralização da FASE e regularização fundiária e urbanística das vilas, tem exuberante potencial para tornar a área remanescente um parque com características únicas, no coração de Porto Alegre.

A luta contra a venda do Morro Santa Teresa começou quando Carrion, como líder do PCdoB na Assembleia, negou-se a dar acordo para a publicação na ordem do dia do projeto de lei, o que possibilitaria a votação imediata do PL 388/09. A proposta da governadora Yeda Crusius, propunha a venda a preço vil de uma área de 73,5 hectares, localizada na Av. Padre Cacique, em frente ao Estádio Beira Rio.

Foi uma dura luta das famílias que lá vivem, mais de 600 pessoas, dos funcionários da FASE e deputados que terminou com a retirada da Assembleia Legislativa, uma grande vitória da cidadania do nosso Estado.

Mobilização
A sociedade civil organizada saiu às ruas contra a proposta indecente. Unidos, lotaram as galerias da Assembleia Legislativa para acompanhar as votações e tornaram possível a aprovação das emendas da oposição. Diante de uma provável derrota e de seu crescente desgaste, o governo viu-se obrigado a retirar o PL388 da pauta de votações.

Carrion propôs emenda que determinava que a licitação fosse precedida do  cadastramento das famílias e que se retirasse do PL388 a área necessária para a regularização fundiária e urbanística dessas famílias. No dia 23 de junho, as bancadas do PCdoB e do PT protocolaram projeto de lei  criando política de descentralização da Fase.