O ICAP conta com a parceria, entre outras instituições, da Cubainformación e prevê na sua programação visitas, intercambios e conferências. A recepção às delegações e o credenciamento ocorrem no Acampamento Julio Antonio Mella - CIJAM, em Caimito, e após os brigadistas serão transferidos para Holguin onde iniciam as atividades.
Em Holguin a programação é intensa: os brigadistas recebem informações sobre a situação atual dos cinco cubanos antiterroristas e terão um encontro com seus familiares. A Comissão Nacional do ICAP de Atenção ao Trabalho dos “Cinco” e os comitês pela sua libertação realizam um encontro que terá, ainda, a presença do Comitê Internacional composto por representantes das organizações de solidariedade. Esse processo de integração entre os países vai permitir que muitas outras iniciativas de solidariedade sejam incorporadas a agenda.
As delegações participam da Marcha da Solidariedade e de uma sessão plenária que, posteriormente, encaminhará para aprovação a declaração final e o plano de ação para combater o terrorismo midiático e pela libertação dos “Cinco”. As atividades em Holguin encerram com o encontro entre os Comitês de Defesa da Revolução Cubana e os brigadistas.
A partir daí as delegações retornam ao CIJAM onde as atividades iniciam com a inauguração oficial da programação da Brigada Internacional. A iniciativa será coordenada pela presidente do ICAP, Kenya Serrano, que apresenta os objetivos e resultados esperados com a realização do projeto.
Para que todos tenham uma visão mais global e real da Ilha, o ICAP planejou um painel sobre a situação e as perspectivas das relações bilaterais Cuba – EEUU.Também, a conferência com a União dos Periodistas e Escritores de Cuba – UPEC e o Ministério de Informática e Comunicações – MIC, com a finalidade de fornecer informações sobre a economia do país. Ainda, haverá uma conversa sobre a sociedade civil cubana.
Outra conferência apresenta os projetos de comunicação do ICAP e abre aos participantes a possibilidade de contribuir com propostas e experiências em modelos democráticos de comunicação desenvolvidos em seus países. Os debates poderão destacar a importância da criação de espaços nos meios de comunicação alternativos e na rede pública. E mais: encontrar formas de combater os estragos que o oligopólio midiático causa ao defender os interesses políticos e econômicos dos monopólios internacionais, advogando pela formação de um pensamento único e desrespeitando o direito constituído dos povos à informação.
Na pauta da comunicação estão ainda previstas visitas e jornadas de trabalho na imprensa cubana visando o intercâmbio entre os jornalistas e a apresentação do portal da solidariedade WWW.siempreconcuba.cu. A Brigada Internacional encerra suas atividades com uma plenária de trabalho que define as coordenações e as ações a serem implementadas contra o terrorismo midiático.
Na programação constam, ainda, atividades culturais como a ida ao Memorial Che Guevara e ao ICAP, em Santa Clara, além de uma confraternização na Casa da Amizade e a visita a Universidade de Ciências da Informática – UCI, em Havana. Entre vários países estarão presentes no encontro Brasil, França, Espanha, Argentina, México e Venezuela.
Brigada do Rio Grande do Sul
Coordenada pela Associação Cultural José Marti, a delegação gaúcha - composta por 16 brigadistas - será acompanhada pelo presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS – Sindjors, José Maria Rodrigues Nunes.
O Sindjors, durante o Congresso Nacional dos Jornalistas, ocorrido no estado entre os dias 18 a 22 de agosto deste ano, aprovou uma tese que se propõe a apresentar e colocar para debate a ofensiva midiática contra os povos, em especial em Cuba.
A proposta também convoca a Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj a se manifestar diante da situação que se apresenta. A sugestão é a publicação de um manifesto de repúdio às atitudes que interfiram na soberania dos povos instituídos.
A tese ressalta que o terrorismo midiático é patrocinado por organizações que comandam a mídia em todo mundo, e cita como exemplo a Associação Nacional de Jornais (ANJ), que nas palavras da sua presidente Judith Brito (FSP/SP) define a grande mídia “como responsável pela oposição política ao atual governo brasileiro”.
Por Vania Mattos
Associação Cultura José Martí
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