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Diplomata agradeceu apoio do Brasil
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O ato foi realizado Frente Parlamentar Gaúcha em Solidariedade ao Povo Cubano em conjunto com a Associação Cultural José Martí e o Centro Brasileiro de Solidariedade aos Povos e Luta pela Paz (Cebrapaz) e teve a participação do vice-chefe da Embaixada de Cuba no Brasil, Alexis Bandrich Vega. O líder do PCdoB na Assembleia, deputado Raul Carrion, coordena a Frente Parlamentar e mediou os trabalhos.
Sob embargo norte-americano desde 1962, Cuba se esforça para evitar o agravamento da crise no país ao anunciar a abertura do mercado de trabalho, demissão de cerca de 500 mil funcionários públicos e a aproximação da União Europeia. Em setembro deste ano, na 65ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, condenou o bloqueio a Cuba em vigor há 38 anos. Ele classificou o embargo como um “ilegítimo bloqueio”.
Ato representativo
Participaram o presidente da Associação José Martí, Ricardo Haesbaert, o presidente do PT/RS, Raul Pont, o presidente do PCdoB/RS, Adalberto Frassom, Edison Machado, da Intersindical, Orlando Rangel, da NCST/RS, a vereadora de Porto Alegre, Fernanda Melchionna (PSOL), José Feltrin, presidente do PCB/RS, o músico Raul Elwanger, Mestre Gavião, presidente da Federação de Capoeira, Pedro Dias, da Conam, Getúlio Vargas Jr., diretor da Conam/Fegam, Izane Mattos, da CTB, representantes do PPL, PDT. UJS, UBES, UNE, Movimento Negro Unificado, Movimento Quilombolista, entre outras entidades.
Governo Obama
O vice-chefe da Embaixada, Alexis Bandrich Vega, lembrou que o na última assembleia da ONU, em 2009, 187 países posicionaram-se contra o bloqueio, três votos foram favoráveis, e dois países abstiveram-se. “O bloqueio continua sendo o principal obstáculo ao desenvolvimento de Cuba”, afirmou Vega. O diplomata declarou decepção com o governo Obama, que até agora não mudou a sua política de Estado. Em alguns pontos, o bloqueio foi fortalecido desde que o presidente democrata norte-americano assumiu. “Continua sendo o bloqueio econômico e comercial mais duradouro e cruel da História”, disse.
Danos econômicos
Cuba continua sem poder exportar e importar livremente produtos e serviços para ou dos Estados Unidos; não pode utilizar o dólar norte-americano nas suas transacções internacionais ou ter contas nessa divisa em bancos de terceiros países. Também é barrado o acesso a créditos de bancos nos Estados Unidos, das suas filiais em terceiros países e de Instituições Internacionais como o Banco Mundial, o FMI ou o Banco Inter-americano de Desenvolvimento.
O dano econômico é calculado em torno de US$ 154 milhões. Vega também elencou problemas decorrentes do bloqueio ainda na saúde pública, na educação e cultura.
Violação de Direitos Humanos
"O bloqueio viola o direito à paz, ao desenvolvimento e à segurança de um Estado soberano. Uma violação maciça, flagrante e sistemática dos direitos humanos do povo cubano", afirmou o coordenador da Frente cubana no RS, deputado Raul Carrion (PCdoB).
O conselheiro agradeceu ainda a posição do governo brasileiro. “O governo Lula tem denunciado o bloqueio com valentia”, disse. “As mudanças que estão sendo feitas em Cuba têm o objetivo de aperfeiçoar o socialismo. Podem estar seguros de que o capitalismo não voltará a Cuba”, garantiu o diplomata.
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