A coligação do PSB com PCdoB vale também para a disputa à Assembleia Legislativa e Câmara dos Deputados. Por enquanto, estão inscritos 18 nomes para deputado federal e 36 para deputados estaduais, informou o presidente estadual do PSB, Caleb de Oliveira.

Beto Grill destacou aos militantes, que lotaram o salão do Hotel Plaza São Rafael, que a aliança com o PT ao governo do Estado tem se efetivado diariamente com as caravanas. Relatou visitas, como às cidades de Triunfo e Charqueadas, onde percebeu o contraste entre desenvolvimento e pobreza. “Essa aliança seguramente representa a redenção do Rio Grande do Sul”, afirmou, sendo ovacionado pelos mais de mil presentes.

As propostas da coalizão entre PT, PSB e PCdoB, referida no evento mais de uma vez como Frente Ampla, se diferenciam, conforme Grill, pela construção de um projeto feito com a “opinião do povo”. O candidato a vice ressaltou ainda que não ocupará espaço figurativo no governo, se for eleito com Tarso.

“A construção da Frente Ampla se coloca na vanguarda para o Brasil”, disse. Nessa linha, mencionou que projetos do governo federal como Prouni e Pronasci têm condições de colocar o Estado no ritmo do desenvolvimento nacional. “Tenho certeza de que não decepcionarei meu partido. Serei um vice à altura do governador.”

A candidata ao Senado Abigail Pereira (PCdoB) ressaltou a ligação das eleições no Rio Grande do Sul com a corrida à presidência da República, destacando a indicação da petista Dilma Rousseff como sucessora do presidente Lula. “Ele nos deu Dilma que tem projetos que dialogam com a vida dos gaúchos”, afirmou.

A continuidade de um projeto nacional também foi defendida pelo presidente estadual do PT, Raul Pont, e por Manuela d’Ávila. A comunista afirmou que os três partidos têm condições de promover o desenvolvimento regional. “Vamos juntos aumentar as bancadas para que o desenvolvimento inclua trabalhadores e a juventude do Rio Grande do Sul”, projetou a deputada comunista.

Tarso foi o último a falar no encontro socialista. Relembrou a criação do PSB, PCdoB e PT e avaliou que poderá tirar o Estado “da indiferença com a qual está sendo tratado no Brasil”, através da coalizão da esquerda. “Nenhum partido tem que ter a pretensão de monoliticamente concentrar ideias de esquerda”, afirmou.

Destacou a sua relação com o deputado federal Beto Albuquerque (PSB) e a parceria que ambos mantiveram quando Tarso foi ministro da Educação no governo Lula e Beto era líder do governo na Câmara. “Se o PT não fosse para essas eleições como cabeça de chapa, estaríamos com o PSB e PCdoB”, assegurou. O candidato petista disse ainda que o Estado será governado em um ambiente de igualdade de participação e responsabilidade entre os partidos da Frente Ampla. “Nós temos uma visão pluralista de esquerda democrática no Brasil”, disse.

O governo de Olívio Dutra, que estava presente ao lado de Pont, também foi destacado no discurso de Tarso. “Vamos honrar e governar com a experiência de Olívio e com o PSB”, disse. O deputado Beto Albuquerque criticou a gestão de Yeda Crusius (PSDB) e afirmou que em três anos o governo do Estado não fez o que está fazendo no ano de eleição. “Agora, no final, apresenta obras às custas de ações do Banrisul que foram vendidas.” Pont condenou a tentativa da governadora “de acabar com o piso regional”.

Fonte: Jornal do Comércio