O ato ocorre no Salão Júlio de Castilhos da ALERGS. O proponente e coordenador da Frente é o líder do PCdoB, deputado Raul Carrion. A Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável discutiu, em audiência pública, no início de maio, a situação do setor de produção de máquinas e equipamentos, no Rio Grande do Sul e no Brasil, e a necessidade de políticas públicas para a valorização de seu papel estratégico.
Conforme o diretor da sede regional da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Mathias Elter, o Brasil já ocupou o quinto lugar no ranking mundial do setor, na década de 70, e hoje ocupa o 14º lugar. Ele defendeu a desoneração total dos investimentos, uma vez que o país é o único a tributá-los; o incentivo às exportações; a isonomia com os concorrentes internacionais e os financiamentos de longo prazo a juros baixos. Em nível estadual, pediu a aplicação de medidas anticíclicas; a inclusão do setor no Compete RS e em outros programas, a exemplo daqueles criados para os setores de calçados, móveis e indústria automotiva; a flexibilização das regras para a transferência de créditos de ICMS, a ampliação no prazo de pagamento de ICMS, entre outras medidas.
O diretor da Abimaq também abordou o que chamou de “desindustrialização precoce”, afirmando que o Brasil está na contramão de países como a China, a Índia e a Coréia. “O Brasil tem investido em commodities”, disse. Ele lembrou que o setor gera empregos qualificados, sendo responsável por 25% da massa salarial no estado, e questionou o modelo de desenvolvimento que se deseja: “Queremos um país extrativista ou um país industrial? Um país produtor de commodities ou um país de produtos industrializados? Um Rio Grande do Sul de shopping centers ou industrial?", indagou.
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