| A audiência pública proposta pelo deputado Raul Carrion(PCdoB) e realizada na manhã desta quinta-feira(11), no audiório Dante Barone da ALERGS, reuniu entre comunidades, funcionários, representantes de órgãos e entidades, cerca de 400 pessoas.O objetivo do encontro é debater o Projeto de Lei 388/2009, que autoriza alienação ou permuta de imóvel da Fundação de Atendimento Sócio-educativo (Fase). |
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Carrion considerou vitoriosa audiência pública
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A audiência que inicialmente ocorreria no Plenarinho foi transferida para o auditório Dante Barone devido ao grande número de pessoas que compareceram ao local, a maioria delas, são membros das famílias que residem na área, localizada na avenida Padre Cacique, em Porto Alegre.
Carrion considera que essa audiência pública foi vitoriosa e parabeniza os principais agentes que ali estiveram e se mobilizaram para fazer um debate aberto e franco, apesar de algumas divergências.Segundo o parlamentar comunista é preciso criar um Grupo de Trabalho com todos os representantes de entidades.
Além disso foi destacado que as famílias devem permanecer onde estão, com situação fundiária regularizada e que para isso seja feito o cadastramento das famílias e delimitação da área. Carrion defendeu ainda que o Executivo envie um novo projeto para sanar os problemas verificados na proposição que já tramita na Casa.
"Este foi um passo importante e mais uma vez parabenizo à população que presenciou massivamente essa audiência" enfatizou Carrion.
Protesto mobiliza moradores
Os manifestantes são moradores da Vila Gaúcha, Vila Figueira, Vila Santa Rita, Vila Ecológica e União Santa Tereza, comunidades que habitam o local e, portanto, serão retiradas caso o terreno seja vendido. Cerca de 4mil famílias moram nas vilas. A área tem 74 hectares, fica em uma zona nobre da Capital e bem próxima ao estádio Beira-Rio.
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População presenciou em massa
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Projeto visa especulação imobiliária
Os moradores denunciam que o real motivo do governo querer vender o terreno é por especulação imobiliária. A área é grande e fica em uma zona nobre e que receberá pesados investimentos para a Copa do Mundo de 2014, portanto bastante visada por empreiteiras e construtoras. Além disso, o PL da governadora Yeda não é claro sobre como será feita a descentralização da FASE e nem sobre o paradeiro dos jovens que são abrigados pela fundação - muitos dos jovens que estão ali na FASE tem parentes nestas vilas. A mudança deles para um local muito mais longe impossibilitaria o contato com os parentes, afetando o processo sócio-educativo. O projeto do governo nem sequer aborda a situação dos moradores e o que será feito caso o terreno seja vendido. Quatro mil famílias moram no local, muitas desde a década de 30.
Os moradores reivindicam que o governo continue com o projeto de revitalização da FASE, que está parado por falta de investimento da governadora Yeda Crusius. Também exigem um plano de habitação para o local.
Participam representantes do governo do Estado, do Poder Judiciário, do Ministério Público, da Defensoria Pública, da Fase e das associações representantivas das famílias que ocupam a área da Fundação, entre outros.
Foi encaminhado a criação de um grupo de trabalho composto pelas partes interessadas.
Com informações: SEMAPI/RS
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