Quiosque impedia manifestações populares

A construção impedia o livre trânsito de pessoas e automóveis pela rua Duque de Caxias. Para o parlamentar, o principal objetivo da colocação do quiosque no local é impedir as manifestações populares contra o Governo Yeda, tradicionalmente realizadas em frente ao Piratini.

"O livre acesso à praça, que o nosso poeta já disse ser do povo como o céu é do condor, no Estado do Rio Grande do Sul, estava proibido", lembrou o parlamentar comunista.

Em 8 de setembro, Carrion encaminhou um documento ao Ministério Público Federal e outro documento ao Ministério Público Estadual referindo a ilegalidade da obra. "Questionamos a atitude de um governo que, muitas vezes, investiu contra os trabalhadores, contra aqueles que lutam pelos seus direitos ou contra aqueles que denunciam a corrupção neste Estado", disse.

Um ofício também questionou necessária autorização para o bloqueio da Duque de Caxias à prefeitura de Porto Alegre. Por fim, Carrion mobilizou a Mesa da Assembleia Legislativa para que intecedesse junto ao governo estadual para a retirada do quiosque. "Finalmente, o próprio Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) exigiu da governadora que desocupasse a praça e a rua. "Quero saudar não a decisão da governadora, que agiu sob pressão, mas o fato de que finalmente o povo tem de volta a sua Praça da Matriz e a livre circulação em frente ao palácio."