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Carrion autografou coletância
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O primeiro lançamento foi o da Cartilha do Trabalhador, material organizado pelo deputado Raul Carrion ao lado de juristas e sindicalistas. O parlamentar lembra que os direitos trabalhistas “são resultado de uma longa luta de classes, que está longe de terminar e nos coloca novos desafios hoje, como a redução da jornada de trabalho sem redução de salários e a luta para que a atual crise do capitalismo não estoure mais uma vez nos direitos dos trabalhadores”.
O parlamentar afirma que o material foi elaborado com a intenção de contribuir para a luta do conjunto dos trabalhadores. “É um material para a defesa dos direitos da classe trabalhadora e pela construção de uma nova sociedade, justa, humana e fraterna”.
Prêmio de Poesias
O lançamento da obra “Prêmio Lila Ripoll de Poesia – Vencedores 2009”, deu sequência às atividades. Os autores – os três primeiros colocados e dez subsequentes condecorados com menções honrosas – foram premiados em solenidade realizada em outubro, no Solar dos Câmara.
A maioria dos agraciados, oriundos de vários municípios gaúchos, estavam presentes no evento para autografar a coletânea que resulta do concurso para o qual concorreram 367 textos em prosa e verso, todos sobre temas sociais. O prêmio foi criado em 2005, por ocasião do centenário de nascimento da escritora gaúcha, pela ex-deputada Jussara Cony (PCdoB) e tem por objetivo fomentar o desenvolvimento cultural, estimular a criação artística e dar visibilidade aos novos talentos, valorizando a poesia dedicada às causas sociais.
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Deputado homenageou artistas e jurados
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Os jurados desta edição do prêmio,
Ronald Augusto da Costa, professor e escritor, atuante em diversas áreas, como poeta, músico, literatura, letrista e ensaísta e Santa Inéze Domingues da Rocha, membro do Instituto Cultural Português, com especialização e mestrado em Linguística Aplicada, autora de várias obras, prestigiaram o lançamento da obra. O sobrinho neto de Lila, Lairton Ripoll, também participou da atividade.
História
Lila Ripoll foi poeta, professora, jornalista e pianista. Gaúcha de Quaraí, nasceu em 12 de agosto de 1905. Colaborou no Correio do Povo, na Revista Universitária, em A Tribuna Gaúcha e editou a Revista Horizonte (1951). No Rio de Janeiro, junto com Graciliano Ramos e outros escritores, coeditou "Partidários da Paz" e colaborou com a revista A Leitura. A poesia de Lila vincula-se à segunda geração modernista e é marcada pelo engajamento político.
Candidata a deputada pelo Partido Comunista em 1950, foi vítima de reação que impediu sua eleição para a Assembléia Legislativa. Retornou para a militância sindical, escrevendo, lendo seus poemas e dirigindo o Departamento Cultural do Sindicato dos Metalúrgicos de Porto Alegre. Atuou também no Centro dos Professores e no Grupo de Arte, fundado por ela para a promoção de espetáculos teatrais. Com o golpe de 1964, foi presa e mais tarde libertada por motivo de doença.
A poeta morreu em fevereiro de 1967, deixando em sua obra dois livros onde materializou seu protesto contra as desigualdades sociais: "Novos Poemas" (1951), com o qual conquistou o Prêmio "Pablo Neruda da Paz", e "Primeiro de Maio"(1954).
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