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Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

07/07/2009
Buscas por desaparecidos da Guerrilha do Araguaia começam esta semana
O grupo do Exército responsável pela busca dos restos mortais de desaparecidos da Guerrilha do Araguaia inicia nesta semana, no Pará, a visita e reconhecimento das áreas onde estariam enterrados os corpos de guerrilheiros, militares e camponeses possivelmente mortos no confronto entre os opositores do regime militar liderados pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB) e tropas do Exército, no início da década de 70.
De acordo com o ministro da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi,  as escavações deverão começar apenas em agosto. Na etapa seguinte, o material, caso seja encontrado, será enviado aos laboratórios de perícia para a identificação. 

“Tenho a convicção de que será efetivada [busca pelos desaparecidos] com amplo acompanhamento da imprensa e parentes. Se não se achou, é por que não foi possível”, disse.

Vannuchi e os ministros da Defesa, Nelson Jobim, e da Comunicação Social da Presidência da República, Franklin Martins, reuniram-se ontem (6) no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) para discutir o assunto, a pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na França.

A reunião também teve o objetivo de chegar a um consenso sobre quem deve comandar as buscas. Militares e defensores dos direitos humanos divergem a respeito do tema.

As negociações caminham para que o Ministério da Defesa comande a operação, com algum tipo de participação de representantes de entidades de defesa dos direitos humanos, conforme relato de fontes do Palácio do Planalto.

A busca pelos desaparecidos  da Guerrilha do Araguaia ganhou força depois das recentes declarações de Sebastião Curió Rodrigues de Moura, o major Curió. Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Curió abriu seus arquivos pessoais e revelou que 41 guerrilheiros  foram executados pelos militares durante a guerrilha. 

Até hoje não se sabe quantas pessoas morreram nos conflitos  do Araguaia, na divisa dos estados do Pará, Maranhão e Tocantins (na época ainda parte do estado de Goiás).

Fonte: Ag.Brasil