Porto Alegre, sábado, 21 de dezembro de 2024

   

Deputado Raul Carrion - PCdoB-RS

29/04/2009
Centrais sindicais defendem aumento de 15,08% para piso regional
O líder da Bancada do PCdoB na Assembleia Legislativa participou nesta quarta-feira (29) de audiência pública da Comissão de Economia e Desenvolvimento Sustentável, para discutir uma proposta de reajuste do piso regional. O encontro ocorreu a pedido das centrais sindicais.
 

Centrais discutiram alternativas para o piso

Os trabalhadores defendem uma elevação de 15,08%. Para chegar ao índice, mantém-se o critério construído em negociação no ano passado, acrescido de índice de recuperação e valorização permanente do poder aquisitivo do piso. De acordo com as centrais sindicais, a intenção é resgatar gradativamente o valor de 1,28 salário mínimo nacional na menor das quatro faixas salariais do piso regional.

Além do reajuste, os trabalhadores querem a criação de um fórum permanente de negociação sobre o tema, a ser coordenado pelo governo do Estado, com a participação de centrais, federações e sindicatos.

Carrion criticou a ausência de representantes do governo estadual com poder de decisão na audiência. Após a discussão na ALERS, deputados e sindicalistas tiveram encontro com o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, para discutir o tema. O governo do Estado prometeu enviar esta semana a sua proposta de piso.

Defesa do Piso
O parlamentar comunista lembrou que o piso tem previsão constitucional e que qualquer mudança inclui alterações na lei. Carrion também destacou que, em reuniões com o governo do Estado, no ano passado, houve avanços nas negociações e lamentou o retrocesso diante do cenário de crise. “O aumento do piso é ferramenta para enfrentar a crise”, disse. O deputado sugeriu a apresentação de uma emenda coletiva para garantir os índices de reajuste, caso as negociações com o governo não prosperem.

O presidente da Central dos Trabalhadores do Brasil, Guiomar Vidor, disse que o que está em jogo é o destino de mais de um milhão de trabalhadores, “aqueles com os salários mais baixos”, e reforçou a propriedade de um reajuste de 15%. Segundo ele, existem condições econômicas e políticas para isso e, se a medida for adotada, deverá injetar por mês na economia gaúcha R$ 68,8 milhões. O presidente da União Geral dos Trabalhadores, Paulo Barck, apontou dificuldades na inclusão de algumas categorias nas faixas salariais apropriadas, enquanto o presidente da CUT/RS, Celso Woyciechowski, destacou o empenho da Assembleia Legislativa na busca de uma solução para o impasse.

Participaram das discussões os deputados Ivar Pavan (PT), presidente do Parlamento, Heitor Schuch (PSB), Adão Villaverde (PT), Dionilso Marcon (PT), Miki Breier (PSB), Nelson Härter (PMDB), Luiz Fernando Záchia (PMDB), Pedro Westphalen (PP), Paulo Azeredo (PDT), José Sperotto (DEM), Gilmar Sossella (PDT), Cassiá Carpes (PTB) e Raul Pont (PT). Também presentes o presidente da Central Geral dos Trabalhadores do Brasil, João Alberto Araújo Fernandes, o presidente da Força Sindical, Cláudio Janta, entre outros.

FOTO: Guerreiro/ALERS