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Carrion pediu abertura de arquivos da ditadura
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O 31 de março de 1964 ficou marcado por um movimento que derrubou o presidente João Goulart, legalmente constituído, e instalou no Brasil um regime autoritário que suprimiu direitos constitucionais, censurou, perseguiu, torturou e matou.
“Relembrar essa data não tem nenhuma intenção revanchista, mas fazer com que não se perca a memória dos chamados anos de chumbo, para que nunca mais se repitam”, afirmou Carrion durante o Grande Expediente.
O deputado lembrou que o movimento militar de 1º de abril de 64 nunca foi revolução e sim um golpe militar contrarrevolucionário de inspiração norte-americana que tentou bloquear as lutas que avançavam no nosso Brasil pela reforma agrária, pela soberania nacional, pelas bandeiras nacionalistas, pela ampliação da democracia principalmente para o povo trabalhador.
“Causou terríveis prejuízos à democracia no País, com milhares de presos, de torturados, de processados, de demitidos, com centenas de mortos. Causou a desarticulação do movimento social brasileiro. Quero lembrar que no dia 1º de abril, a sede da União Nacional dos Estudantes, na Praia do Flamengo, foi incendiada. Os sindicatos, as federações, as centrais, os movimentos sociais em geral foram violentamente reprimidos.”
E prosseguiu: “O PC do B, que é o partido que mais sangue derramou no enfrentamento dessa ditadura, até hoje luta pela abertura dos arquivos da ditadura e pela devolução dos corpos insepultos dos guerrilheiros do Araguaia.”
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