A Torre do Petróleo foi inaugurada em 1963, por iniciativa do Centro Acadêmico André da Rocha (direito UFRGS) e do Grêmio Estudantil Julio de Castilhos, em comemoração ao 10º aniversário da Petrobras e do Monopólio Estatal do Petróleo. O equipamento de oito metros de altura, que por muitos anos esteve à mostra na Praça da Alfândega, na capital gaúcha, encontra-se a céu aberto entre restos de árvores e arbustos, sem qualquer tipo de manutenção.
Durante a visita, Carrion, que é historiador, lembrou o significado histório da Torre, que simboliza a luta da Campanha O Petróleo é Nosso, na década de 60, "uma das maiores campanhas cívicas populares do País". De acordo com o parlamentar, durante a ditadura militar, a Torre foi espaço de manifestações populares em defesa da soberania.
Em 1985, durante a passagem de Alceu Collares pela prefeitura da Capital gaúcha, a Torre foi resgatada de um depósito da Prefeitura e instalada em um local sem visibilidade. Na década de 90, por iniciativa de Carrion em associação com a prefeitura, a Torre foi recolocada em lugar nobre da Praça da Alfândega, junto à rua Sete de Setembro.
Ofícios públicos justificam que a retirada da Torre foi necessária em função do projeto Monumenta, um programa de recuperação do patrimônio cultural urbano, executado pelo Ministério da Cultura. Com a retirada negociada e com o compromisso de recolocação o equipamento acabou em frente ao Banrisul, na rua Capitão Montanha. De lá, foi levado há quase um ano para o parque em Viamão.
O deputado também solicitou apoio da secretaria para que seja formalizado um pedido de audiência pública com o prefeito José Fogaça e a presença das entidades sindicais e estudantis que tiveram protagonismo na criação da Torre: SindPetro Sul, Sitramico, Sulpetro, UNE, UBES, Grêmio Estudantil do Colégio Julio de Castilhos, Centro Acadêmico André da Rocha (Direito UFRGS) e Movimento Gaúcho em Defesa do Monopólio do Petróleo para debater a situalão da Torre.
"O que está em jogo é o reconhecimento de uma luta histórica do povo brasileiro e de afirmação de sua soberania. É uma visão retrógrada e elitista a que só entende como relevante os fatos históricos protagonizados pelos coronéis da Velha República, generais e representantes poderosos da elite. Também é História a luta do povo brasileiro pela soberania do País do que a campnha O Petróleo é Nosso é o maior exemplo. Fica a pergunta: Por que querem retirar a Torre do Petróleo e ninguém fala em retirar a Carta Testamento de Getúlio Vargas, que é do mesmo período histórico?"